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O Manifesto da Garota

"Desabafos resultados de fraquezas", música, politiquices, opiniões gratuitas e posts sem conteúdo. Acima de tudo, vida, muita vida!

O Manifesto da Garota

"Desabafos resultados de fraquezas", música, politiquices, opiniões gratuitas e posts sem conteúdo. Acima de tudo, vida, muita vida!

Ruby Rose

 

 

 

 

Hei-la, maravilhosa.

 Ontem declarei alto e bom som a D. Baby que esta gaja é objecto dos meus sonhos e que me enrolava forte e feio com ela. Traçava a individa directo, como diria Beatriz Gosta. D. Baby é capaz de a ir procurar a todo o santo lado só para ver...

 

Por falar em Beatriz Gosta, já conhecem? Se são pessoas púdicas não aconselho...

 

Beijo

Desafios em atraso: Conheces o teu blog?

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 Regras:

Responder às perguntas.

Nomear 5 blogs ou fazeres por ti mesmo e comentares no blog onde viste a tag.

1. Há quanto tempo tens o teu blog?

Reparei agora que faz 3 anos para o próximo mês

2. Em que dia é que o teu blog foi criado?

Algures em Junho de 2012. Nos primeiros dias

3. Sem ires ao painel, quantas visualizações tens, aproximadamente?

Não faço a menor ideia...

4. Sem ires ao painel, quantos comentários tens, aproximadamente?

1000, ou perto disso.

5. Quantas mensagens publicadas tens?

hmm 800??

6. Quantos seguidores tens?

cerca de 100

7. Quem mais sabe da existência do teu blog?

O namorado e alguns amigos, pouca gente

8. Já alguma vez pediste conselhos a outro blogger?

 Já sim senhor 

9. Lembras-te perfeitamente de todos os layouts que o teu blog teve?

Lembro-me de alguns... 

10. Que opinião achas que as pessoas têm do teu blog?

Hmm não sei.. Preocupo-me com quem lê mas não procuro agradar a toda a gente...

 

Agora, nomeados..

Bem, quem quiser pegar e fazer, que esteja à vontade :)

Ao menos isso.

Hoje o dia foi um caos. Uma desgraça. Ando triste desde ontem porque fiz contas à vida. Sabe Deus porque raio as fiz. 

 

Mas ofereceram-me um manjerico, por isso... a coisa até se dá.

Desabafos da minha precariedade

Licenciei-me faz, no início do próximo mês, cinco anos. Sou, de acordo com a minha professora de economia política, daquela que é a geração dos 1000. Aqueles que nunca vão passar dos 1000 euros de salário. Tive a sorte, ao contrário de alguns dos meus colegas, de arranjar trabalho 3 meses após o fim do curso. Nunca quis fazer parte da ordem profissional porque nunca quis ingressar naquele que muitos acham ser a única saída profissional do meu curso. Sai do meu primeiro trabalho porque quis, tive um convite para uma área que me agrada mais e na cidade do meu coração - Lisboa. Voltei para um trabalho de sonho. Um contrato a termo de 6 meses que, inicialmente, seria para substituir uma colega de baixa. Mas a colega voltou e eu lá fiquei. 2 anos. 3 renovações. 4 contratos. Chegada a hora da verdade fui para a rua, decisão que abalou todos os alicerces de quem sou. Que me fez questionar tudo aquilo em que acredito e que me abriu os olhos para me mostrar que há gente má em todo o lado. Foi quase um ano de desemprego e desespero. Com contas para pagar e menos 300€ de ordenado ao fim do mês. Fui a mil entrevistas. Tive propostas ridículas. Ofereceram-me 100€ por mês pelo meu trabalho qualificado. Sem horários que, ao contrário do que pensam, não é bom. A recibos verdes. Desesperei vezes sem conta. As minhas contas viraram-se do avesso. Ao fim de 8 meses arranjei trabalho. Precário. Mas trabalho. Uma oportunidade fantástica. E com 3 anos de experiência profissional fui fazer um estágio emprego. Não há mais ninguém com a minha função e as minhas habilitações ali. O salário? Recebo o mesmo que recebia de subsídio de desemprego. Mudei-me para fora de Lisboa, no entretanto, porque as rendas não se dão bem com desempregados, lá na cidade. Ganhei qualidade de vida. Gasto menos dinheiro mas, mesmo assim, todos os meses é uma luta para chegar ao fim. Valha-me o meu pai. Este mês está a ser particularmente difícil. O meu estágio está a acabar e o futuro é incerto. E eu quero certezas e tenho direito a elas. E nestas alturas, calejada pela traição de tempos idos, não se acredita em nada e os pés estão os dois atrás. Quero uma vida estável. E um salário que me deixe pagar as contas e ir ao cinema, pagar um jantar ao meu namorado, sair para beber um café. Não faço nada disso. Hoje disseram-me até que vivia sozinha por opção. Que podia ter ficado em casa do meu pai. Não podia. E mesmo que pudesse, tenho direito à minha vida e não posso permitir que o estado da nação me tire isso também. Mas hoje, esta semana, está a ser especialmente penosa. Falta uma semana para receber. Uma semana. E eu já faço contas ao que vem e ao que vai e penso que estudei tanto, mas tanto para isto. E é um desanimo, caros amigos. Porque investimos tanto em nós e para as empresas que só vêem lucros, trabalhadores são despesa. Não se pensa nunca que sem trabalhador não há lucro. Que trabalhador desmotivado é prejuízo. E esta incerteza da cabo de qualquer um. Não saber como vai ser amanhã. Não saber se continuarei à procura porque pretendemos sempre mais e melhor, ou se intensifico a busca porque preciso de comer. E isto cansa. A precariedade cansa. O saber que sou um estágio que ocupa um posto de trabalho cansa. E eu estou cansada deste cansaço e preocupação. Quero uma vida digna. Quero fazer planos e ter férias. Quero poder divertir-me e gozar a minha juventude. Quero reconhecimento do meu mérito. Quero ser uma pessoa e não um número. Não sou um cifrão. Não sou um custo. Sou pessoa. Sou vida. Deixem-me viver.

Se eu for despedida, já se sabe

Sou precária. Mais que precária. Sou um estágio impulso a exercer a minha profissão numa empresa onde mais ninguém o faz. Quantos não existem assim... 

 

Há umas semanas atrás roubei um livro a D. Baby Gadelhudo, livro esse que continha, lá dentro, uma tarjeta da JCP. Vá, um flyer. Como queiram. 

 

O meu chefe novo, que gosta de... poderes centralizados, que é como quem diz eu mando e vocês fazem como eu mando mesmo que não concordem com o que eu mando, abeirou-se de mim e pôs-se a mexer no livro. Viu o dito do papel. Agarrou-o, leu-o. Voltou a pô-lo no sítio. Depois disso já me mandou mil bocas. Já me disse coisas que nem repito por me revolverem as entranhas. Hoje chamou-me a atenção por causa de uma situação. Vá, chamar-me a atenção é eufemismo. Gritou comigo. Berrou, dentro do gabinete que tinha porta aberta e permitiu que toda a gente ouvisse. Eu não fiz merda. Fiz o meu trabalho. Foi correcto. Só não foi como ele quis e, com a razão que o cargo de chefia lhe dá, podia ter-mo dito calmamente. Mas não. Foi sarcástico. Irónico. Desagradável. Meteu, para piorar, na cabeça, que eu estava chateada com o "reparo" que me estava a fazer. Não estava, meus caros. Estava era fodida mesmo com o tom de voz com que ele me falava, e frustrada com a impossibilidade de me defender. 

 

Tudo isto começou com o livro. Tem vindo a piorar. E sabem que mais? O livro desapareceu. E com ele a tarjeta. E, quiçá, o meu contrato de trabalho. Ahhh o medo dos comunas é das coisas que mais força me dá.

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