Não tenho voz, mas tive vida, muita vida, este fim-de-semana. Foi um colete mágico e é bonito ver a evolução da minha integração nesta terra que me acolheu. O quanto lhe conheço as ruas, os cantos e recantos e as pessoas, que já vão sendo tantas as que me cumprimentam na rua, que me sinto em casa e de coração cheio.
Estou viva. Mais do que estar a respirar, sinto-me viva. Tive um fim-de-semana mágico e desligado do mundo e das minhas preocupações e responsabilidades diárias. Terminei o Domingo de coração cheio, a trasbordar, de energias recarregadas apesar dos sonos trocados. De saudades quase extintas. Estou viva, e feliz! Sigamos assim.
Ando com pessoas estranhas na cabeça e não estou a conseguir desligar uma vozinha burra que esclama, dentro de mim, "um dia!". Um dia?! Um dia o tanas!
Quando tentas explicar ao teu chefe porque é que estás a demorar numa coisa que ele acha que é rápida e ele te vira as costas e diz que não quer saber, com ar de quem te quer dizer que passas o dia a coçá-la (desculpem...) e que não entendo como é que em dois dias não fizeste um report de 6 meses com todos os dados e mais alguns, mais os impostos e as respostas aos e-mails e socorreres as minhas dúvidas parvas porque sou um acéfalo.
Dormi mal. Acordei às 4.30 da manhã e pus-me a pensar em merdas que não devia. É triste perceber que dificilmente voltaremos a falar com alguém que nos foi importante. E perceber que ainda que custe, é a melhor maneira...