O meu namorado #2
mas tem os olhos da cor do meu mar, e eu faço o esforço :)
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mas tem os olhos da cor do meu mar, e eu faço o esforço :)
Quando está com o espírito da vaca, nem a ele se atura.
Esta noite voltou a fazer das dele... e eu de manhã fui directa à polícia.
Um dia vou ter tempo. Um dia vou voltar a ter fins-de-semana inteiros para passar na ronha com o Baby. Um dia...
Já não me recordo quando foi a última vez que comprei um livro. Desconfio que já tenha sido neste 2013, mas de facto, deve ter sido logo no início. Depois, com a mudança de casa e tudo mais, nunca mais. Mas hoje é o dia. Preciso de ler.
O ano passado, no fim do mês de agosto, escrevi-vos sobre o meu pai, professor de 51 anos e com 26 anos de serviço, e o desespero que sempre conhecemos nesta altura. O ano passado, o meu pai não ficou colocado em lado nenhum no concurso de professores. Ainda assim, ficou desempregado pouco mais de 2 meses, porque conseguiu uma vaga numa escola do Distrito, onde leccionou o ano inteiro, à noite.
Este ano, na primeira fase de concurso, havia apenas 6 vagas para o grupo dele. Foi automaticamente excluído do concurso. Para a segunda fase, agora no fim de Agosto, a esperança é muito muito pouca. Tendo consciência disso, o meu pai vai embarcar para o Brasil, no próximo mês. Vai em busca de uma vida melhor. Aos 51 anos, depois de mais de metade da vida dedicada à profissão, com dois filhos, pais e amigos aqui, quando se devia começar a preparar para a estabilidade da carreira e sonhar com a reforma, vai enfiar-se num avião para o outro lado do mundo.
E é este o país que temos.
Quero voltar a falarvos, a sério que quero. Mas além do pouco tempo, tenho poucas novidades. Quando não estou a trabalhar, estou na Atalaia, na implantação da Festa. E quando não estou na Festa, estou a aproveitar o pouquíssimo tempo que tenho para namorar. Quanto a isso do namoro, rais'partam que esta tanga das relações é difícil e dá dores de cabeça e apertos no peito. Sou má na partilha dos meus problemas, que são meus e eu até acho que tenho que resolver o mundo sozinha e não tenho que estar a chatear ninguém. Pronto. É isto.
E estes miúdos que se casam no Facebook a toda a hora!
Já fizeram um like? Hum?
O link está na imagem :D
Pois é, aparentemente eu atraio vizinhos loucos. Senão, vejamos:
1.º Mudei de casa (eu e o meu Zé-cão) em Maio.
2.º Numa bela quarta-feira, por volta da hora de jantar, ainda no mês de Maio, tocaram-me à campainha. Abri a porta e era o Senhorio do apartamento de baixo, a informar-me de que eu devia ter uma ruptura qualquer num cano, que estava a provocar infiltrações no andar dele. Disse-lhe que, de facto, a determinadas alturas tinha muita água no chão, e que até já tinha falado com o meu Senhorio (um porreiro!) sobre isso, mas que não tínhamos noção de que estava a provocar estragos noutro apartamento.
3.º O senhorio do andar de baixo, simpático e cheirosinho, fez umas festas ao meu Gordo, e pediu-me, de forma muito educada, o número do meu senhorio, para lhe ligar. E ligou, de imediato, à minha frente, tendo ficado combinado no momento que o meu senhorio ia fazer a participação devida ao seguro, para se resolverem as coisas. Posto isto, o senhor foi-se mbora, com um sorriso e uma festinha ao Zé.
4.º Na quinta-feira, dia imediatamente seguinte, também pela hora de jantar, tocam-me à campainha. Eu abro e eis senão quando me aparece à frente o idiota do vizinho de baixo, dizendo:
"Ah, eu peço imensa desculpa, mas vocês têm que resolver isto, que o meu apartamento blá blá blá" - notem que isto foi no dia imediatamente seguinte!!
Com muita calma e sorrisos expliquei ao senhor que já havia sido feita a participação ao seguro e que estávamos a aguardar que fosse agendada a peritagem, e que, como ele devia calcular, estas coisas levavam o seu tempo. Mas que descansasse, porque já estava tratado. Ora, o senhor não contente ainda insistiu para que eu fosse ver o caos que estava o apartamento dele. Oh, senhores...
5.º No Sábado, quando voltava das compras, ele também estava a chegar a casa. Dirigi-me a ele que, vejam lá bem, até me fez o favor de me acompanhar ao terceiro andar e ajudar-me a carregar as compras, enquanto eu lhe dizia que ainda não tinha tido notícias. lamentou e, de fininho, pediu-me para ter alguma atenção ao Zé, porque por vezes o barulho que ele fazia a andar incomodava-o. Lamentei o facto e disse que ia tentar controlar.
6.º No Domingo, depois de o meu senhorio me ter dito que os senhores da Seguradora lá iriam fazer a peritagem no dia seguinte, andava na rua a passear o canito, quando sua Exc.ª, o anormal-mal-encarado, está a chegar a casa. Dirijo-me a ele, com um bom dia, para o informar do que ia acontecer, quando ele, sem sequer bom dia dizer, olha para o meu cão e diz "É este filho-da-p*ta que não me deixa dormir? E isso da peritagem até começarem as obras (renhónhónhó)..." e virou-me as costas. Assim. Ora, pensei logo - Estás apresentado!
7.º Foram, depois desta, várias as situações em que ele me tentou intimidar, e chegou mesmo a ligar para o meu senhorio para fazer queixas do Zé e de que eu fazia muito barulho e o incomodava. bateu-me à porta inumeras vezes, esperava que eu saísse de casa ou chegasse para me apanhar nas escadas e dizer trinta por uma linha, insinuando que eu tinha era que fechar o cão numa divisão, etc, sem nunca por nunca dizer um bom dia, ou boa tarde, ou o que fosse.
8.º Houve um dia até, em que eu, saturada já disto, lhe fechei a porta na cara, depois de ter repetido "Boa noite" umas dez vezes e o homem não parar de me ameaçar com "você não se meta comigo!" e afins. Nesse dia, o que aconteceu foi o seguinte: eu e o baby chegámos a casa às 23.00h, estoiradinhos da silva. Abrimos a porta do quarto para pôr lá as nossas coisas e voltámos a sair e a fechá-la. O Zé acompanhou-nos neste percurso. Entretanto, eu saí do quarto e pus um tacho ao lume para fazer arroz e, acto contínuo, a criatura já me estava a tocar à campainha. Ora, eu estava em casa há 5 minutos! Não é implicânica? Vão dizer-me que o senhor estava a dormir profundamente e acordou com o cão a entrar no quarto e a sair?
9.º Por último, esta noite, bafejada pelo calor e outras coisas na cabeça, tive uma insónia brutal. Eram 2.30h da manhã e eu levantei-me para ir à cozinha beber água. O cão estava na cozinha a dormir e, quando eu entrei, acordou e veio ao pé de mim, para eu lhe fazer uma festa. Bebi o meu copinho de água, virei costas e, quando estou a entrar no quarto ouço um estrondo ensurdecedor e pensei "Fod.-se, que me está alguém a entrar em casa!". Pouco provável, mas pensem lá numa moçoila sozinha em casa, com as janelas abertas ainda por cima.
10.º Cagadinha de medo e com o cão (agora sim) num alvoroço tremendo, abeirei-me das janelas e vi que tinha os arames todos a abanar. Ora, aquilo não podia ter sido feito por um pássaro. Até porque, àquela hora não há pássaros! Eis senão quando ouço os estores do paspalho a fechar. Pois. Se isto não se tivesse repetido às quase 4.00 da manhã eu não tinha acreditado. Mas repetiu-se. Então, sua exc.ª o monte de m*rda, abriu novamente os estores, sacou de uma vara e vá de a subir até ao meu andar para me bater com ela nas janelas e fazer um cagaçal do caraças. Não sei como não chamei logo a PSP.
11.º Hoje de manhã quando acordei, fui à Janela e vi que havia um casaco meu, que estava estendido, caído lá em baixo (sabe-se lá porquê!), em cima do carro. Apressei-me o mais que pude, para o ir apanhar, mas o que é certo é que já mo tinham levado quando cheguei cá abaixo. Pois, roubaram-me um casaco por causa do anormalzinho do meu vizinho.
E agora, perguntam vocês? Agora, que isto já tomou proporções ridículas, vou apresentar queixa assim que sair do estaminé.