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A m-M passou-me este desafio, com as seguintes regras:
"Escrever o nome da pessoa que consideram mais importante e justificar;(Se quiserem e se sentirem à vontade com isso liguem para a pessoa e leiam o que escreveram)
Nomear 3 bloggers para este desafio
Pedir que visitem o blog http://letmedream.blogs.sapo.pt e que digam que participaram neste desafio (assim eu saberei todas as histórias)"
Eu, nada dada a estas coisas, aceitei porque, pronto, também não há mais nada para fazer. Mas vamos cá, então:
Estou e serei eternamente grata ao meu avô materno. O meu avô que sempre foi pai também é o meu exemplo de vida. Humilde, com uma vida nem sempre fácil, não desarma. Fez-me muito do que sou hoje e a ele lhe agradeço todos os dias o exemplo de ser humano que é para mim. Porque todos os dias peço a quem quer que esteja lá em cima, para não mo levar. É a melhor pessoa do mundo e, certamente, o homem da minha vida. E se levo a vida a lutar, sem baixar os braços e de sorriso nos lábios, é para que ele se orgulhe de mim!
Agora, os nomeados são:
A Fátima Bento (a título de empurrãozinho para as coisas boas da vida dela :) )
Beijinhos
Está um frio de rachar. Passei a manhã em protesto, junto à Assembleia da República. Como eu estavam outros tantos. Estava frio, mas isso não interessa quando em causa está a luta pelos nossos direitos. Já não são muitos, desengane-se quem pensa assim. Já não são muitos e temos que lutar sempre e cada vez mais para salvaguardar o pouco que temos.
Mas, dizia eu, como eu estavam outros. O sol de inverno não aquece, já se sabe. Há casacos e gorros e luvas. Mas a alma está quente na certeza da justiça do que se pede. Foi uma acção bonita. Como todas as acções. Vi coisas que me aquecem a alma e me dão força para continuar. Ás vezes também não é fácil manter a vontade. Não vos minto. Mas quando vemos alguém que perdeu tudo e chora copiosamente enquanto exige a demissão do Governo, que tudo lhe levou, sabemos que não podemos parar.
Ontem o TC anunciou a sua decisão sobre as 40horas na função pública. Irritei-me. Enervei-me mesmo. Não tanto com a notícia, porque não esperava outra coisa e, mais ainda, quando está aquele orgão tão sujeito a pressões externas. Irritei-me com a mentalidade das pessoas que dizem que é bem feito, que tem que ser, que continuam a achar que isto só está bem se estiverem tão mal como eu. E essas pessoas, que chamam de previligiados os trabalhadores em funções públicas, não sabem de onde vêm as 35 horas semanais e os 25 dias de férias. Vêm da luta, da negociação, e foram-lhes atribuídos, há décadas, já, em deterimento de aumentos salariais. As pessoas que acham que isto é que é justiça não sabem também, ou não querem saber, que os funcionários públicos vão passar a trabalhar 20 horas semanais de borla! Não sabem nem querem saber que, a equiparação que o governo anunciou, não é equiparação coisa nenhuma porque, ao contrário do que sucede no sector privado, as 40 horas são um MÍNIMO semanal, e não um máximo.
E entristece-me esta mentalidade, de que as coisas só estão bem se outros estiverem tão mal como eu, quando todos devíamos estar juntos a lutar por uma vida melhor.
Foi um dos melhores fins de semana de sempre. Começou cedinho, no sábado, com limpezas enquanto os senhores do continente não chegavam. Tocou a campainha, era D. Gadelhudo, que ficou por lá comigo, a rir e a trazer as boas recordações de tempos que, afinal, não são tão idos assim.
Os senhores do Continente não falham e as compras chegaram certinhas e no período marcado. Veio tudo e ainda oferecerem dois litros de Sumol de Limão (não é tão mau como eu esperava), amostras de champô e de Persil, e duas embalagens de Knorr lasanha! Claro que há coisas que não compro online, mas para o grosso das mercearias compensa muito e não é caro. Agora falta a carne e os legumes e fruta. Essas coisas escolho eu!
Seguimos para uma tarde de amigos, conversas e gargalhadas, e uma noite de mimo e ronha. Domingo foi dia de almoço tardio, e Ikea. Finalmente comprei umas quantas coisinhas que me estavam a fazer muitaaaaa falta! E, grão a grão, a minha casa fica mais minha :)
É o meu melhor amigo. A sério..
Como estranhos se tornam amigos, numa piscina de bolas!
Durante esta hora de almoço falávamos de pais separados a refazer a sua vida. É coisa que não me faz confusão. Sou filha de pais separados e quero muito que os meus pais sejam felizes. Mas entretanto a conversa começa a descambar e passámos para as idades, e eu disse que me fazia confusão se a minha mãe arranjasse um namorado com uma idade próxima à minha. Maior era a confusão se a criatura fosse mais novo que eu.
Eu tenho 25 anos, a minha mãe 47 e tenho um irmão mais novo com 22 anos. E sim, faz-me confusão que alguém ponha a hipótese de a minha mãe arranjar alguém na minha faixa etária. É egoísmo, dizem eles, e eu digo que sim. Não me oponho a todos os outros, não deixam de me fazer confusão os casais com este afastamento etário. Disse-o publicamente, aqui, a propósito do caso Sara Barradas e José Raposo. É esquisito. "Ah, és retrógada!". Não, não sou, mas estamos a falar da minha mãe. E eu não consigo conceber essa hipótese. Aceitava-a, claro está, mas não consigo afastar os arrepios e a repulsa.
Dizem-me que tenho que saber dissociar a mãe da mulher e entendê-la enquanto tal. E eu sei que a minha mãe-mulher tem necessidades de mulher. Mas é indissociável uma coisa da outra. A minha mãe é-o por ser mulher. Não consigo separar as coisas. E lamento que a minha posição de filha seja tão egoísta. Mas é-o porque não falamos de outra mulher qualquer. De outra mãe qualquer, mas da minha. Questiono, se estes meus amigos, que falaram com tanta certeza, teriam a mesma posição se das mães deles se tratasse.
“So it's not gonna be easy. It's going to be really hard; we're gonna have to work at this everyday, but I want to do that because I want you. I want all of you, forever, everyday. You and me... everyday.”
― Nicholas Sparks, The Notebook
Estou seriamente a considerar ir.