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O Manifesto da Garota

"Desabafos resultados de fraquezas", música, politiquices, opiniões gratuitas e posts sem conteúdo. Acima de tudo, vida, muita vida!

O Manifesto da Garota

"Desabafos resultados de fraquezas", música, politiquices, opiniões gratuitas e posts sem conteúdo. Acima de tudo, vida, muita vida!

O desafio da gratidão.

A m-M passou-me este desafio, com as seguintes regras:

 

"Escrever o nome da pessoa que consideram mais importante e justificar;(Se quiserem e se sentirem à vontade com isso liguem para a pessoa e leiam o que escreveram)

Nomear 3 bloggers para este desafio

Pedir que visitem o blog http://letmedream.blogs.sapo.pt e que digam que participaram neste desafio (assim eu saberei todas as histórias)"

 

Eu, nada dada a estas coisas, aceitei porque, pronto, também não há mais nada para fazer. Mas vamos cá, então:

 

Estou e serei eternamente grata ao meu avô materno. O meu avô que sempre foi pai também é o meu exemplo de vida. Humilde, com uma vida nem sempre fácil, não desarma. Fez-me muito do que sou hoje e a ele lhe agradeço todos os dias o exemplo de ser humano que é para mim. Porque todos os dias peço a quem quer que esteja lá em cima, para não mo levar. É a melhor pessoa do mundo e, certamente, o homem da minha vida. E se levo a vida a lutar, sem baixar os braços e de sorriso nos lábios, é para que ele se orgulhe de mim!

 

Agora, os nomeados são:

 

A Sorriso Maria

 

A Fátima Bento (a título de empurrãozinho para as coisas boas da vida dela :) )

 

E a "minha" Joana :)

 

 

Beijinhos

O Frio e as 40 horas na função pública.

Está um frio de rachar. Passei a manhã em protesto, junto à Assembleia da República. Como eu estavam outros tantos. Estava frio, mas isso não interessa quando em causa está a luta pelos nossos direitos. Já não são muitos, desengane-se quem pensa assim. Já não são muitos e temos que lutar sempre e cada vez mais para salvaguardar o pouco que temos. 

 

Mas, dizia eu, como eu estavam outros. O sol de inverno não aquece, já se sabe. Há casacos e gorros e luvas. Mas a alma está quente na certeza da justiça do que se pede. Foi uma acção bonita. Como todas as acções. Vi coisas que me aquecem a alma e me dão força para continuar. Ás vezes também não é fácil manter a vontade. Não vos minto. Mas quando vemos alguém que perdeu tudo e chora copiosamente enquanto exige a demissão do Governo, que tudo lhe levou, sabemos que não podemos parar.

 

Ontem o TC anunciou a sua decisão sobre as 40horas na função pública. Irritei-me. Enervei-me mesmo. Não tanto com a notícia, porque não esperava outra coisa e, mais ainda, quando está aquele orgão tão sujeito a pressões externas. Irritei-me com a mentalidade das pessoas que dizem que é bem feito, que tem que ser, que continuam a achar que isto só está bem se estiverem tão mal como eu. E essas pessoas, que chamam de previligiados os trabalhadores em funções públicas, não sabem de onde vêm as 35 horas semanais e os 25 dias de férias. Vêm da luta, da negociação, e foram-lhes atribuídos, há décadas, já, em deterimento de aumentos salariais. As pessoas que acham que isto é que é justiça não sabem também, ou não querem saber, que os funcionários públicos vão passar a trabalhar 20 horas semanais de borla! Não sabem nem querem saber que, a equiparação que o governo anunciou, não é equiparação coisa nenhuma porque, ao contrário do que sucede no sector privado, as 40 horas são um MÍNIMO semanal, e não um máximo.

 

E entristece-me esta mentalidade, de que as coisas só estão bem se outros estiverem tão mal como eu, quando todos devíamos estar juntos a lutar por uma vida melhor.

Do continente em casa, dos amigos, dos amores.

Foi um dos melhores fins de semana de sempre. Começou cedinho, no sábado, com limpezas enquanto os senhores do continente não chegavam. Tocou a campainha, era D. Gadelhudo, que ficou por lá comigo, a rir e a trazer as boas recordações de tempos que, afinal, não são tão idos assim. 

 

Os senhores do Continente não falham e as compras chegaram certinhas e no período marcado. Veio tudo e ainda oferecerem dois litros de Sumol de Limão (não é tão mau como eu esperava), amostras de champô e de Persil, e duas embalagens de Knorr lasanha! Claro que há coisas que não compro online, mas para o grosso das mercearias compensa muito e não é caro. Agora falta a carne e os legumes e fruta. Essas coisas escolho eu!

 

Seguimos para uma tarde de amigos, conversas e gargalhadas, e uma noite de mimo e ronha. Domingo foi dia de almoço tardio, e Ikea. Finalmente comprei umas quantas coisinhas que me estavam a fazer muitaaaaa falta! E, grão a grão, a minha casa fica mais minha :)

Os filhos são egoístas.

Durante esta hora de almoço falávamos de pais separados a refazer a sua vida. É coisa que não me faz confusão. Sou filha de pais separados e quero muito que os meus pais sejam felizes. Mas entretanto a conversa começa a descambar e passámos para as idades, e eu disse que me fazia confusão se a minha mãe arranjasse um namorado com uma idade próxima à minha. Maior era a confusão se a criatura fosse mais novo que eu. 

 

Eu tenho 25 anos, a minha mãe 47 e tenho um irmão mais novo com 22 anos. E sim, faz-me confusão que alguém ponha a hipótese de a minha mãe arranjar alguém na minha faixa etária. É egoísmo, dizem eles, e eu digo que sim. Não me oponho a todos os outros, não deixam de me fazer confusão os casais com este afastamento etário. Disse-o publicamente, aqui, a propósito do caso Sara Barradas e José Raposo. É esquisito. "Ah, és retrógada!". Não, não sou, mas estamos a falar da minha mãe. E eu não consigo conceber essa hipótese. Aceitava-a, claro está, mas não consigo afastar os arrepios e a repulsa.

 

Dizem-me que tenho que saber dissociar a mãe da mulher e entendê-la enquanto tal. E eu sei que a minha mãe-mulher tem necessidades de mulher. Mas é indissociável uma coisa da outra. A minha mãe é-o por ser mulher. Não consigo separar as coisas. E lamento que a minha posição de filha seja tão egoísta. Mas é-o porque não falamos de outra mulher qualquer. De outra mãe qualquer, mas da minha. Questiono, se estes meus amigos, que falaram com tanta certeza, teriam a mesma posição se das mães deles se tratasse.

Isto.

“So it's not gonna be easy. It's going to be really hard; we're gonna have to work at this everyday, but I want to do that because I want you. I want all of you, forever, everyday. You and me... everyday.”
― Nicholas Sparks, The Notebook