Safa-te #6
Com o bater da porta de casa chega também o peso no coração. Vai-se a vontade de rir e a capacidade de ver o copo meio cheio. Há dias difíceis, mas as noites, essas, são terríveis. E, agora? Agora safa-te, J.B.
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Com o bater da porta de casa chega também o peso no coração. Vai-se a vontade de rir e a capacidade de ver o copo meio cheio. Há dias difíceis, mas as noites, essas, são terríveis. E, agora? Agora safa-te, J.B.
Já viram? Aqui
Quando há pessoas, mais precisamente 41, a morrer nas últimas 24h, por ingerirem loção de banho, como se fosse licor. E aparentemente, de propósito. Não, não era o rótulo que estava errado, não era a embalagem que era enganadora. Aparentemente esta prática de consumir tudo o que tenha alcóol, na Rússia, é comum. Mesmo quando se tratam de loções corporais. Ou limpa idros. Ou águas de colónia.
Eu sei, eu sei. É só telegramas estes dias. Mas a inspiração não tem dado para mais. Venho só perguntar-vos porque raio ainda não botaram like no Facebook do estaminé? Hm? Façam lá isso a ver se me dão um Feliz Aniversário!
Estou a 12 dias de fazer anos. 29. Não sei se são os anos em si que me assustam. Não sei ao certo o que é que me assusta este ano. Sempre gostei de fazer anos. Sinal de vida. Um dia de mimo, meu (apesar do dia em questão não ser o mais fácil). Este ano as coisas são diferentes. Não quero fazer anos. Não quero os 29. Não quero celebrar. E, por ser o dia em que é, não há forma de contornar, não posso ficar em casa fechada, sozinha, envolta em mantas e filmes.
Não me apetece fazer anos, este ano, porque me sinto incompleta. Não que me falte algo de concreto, mas faltam-me coisas. Falta-me a minha mãe e o meu irmão a menos de 2 horas de distância. Faltam-me os meus avós. Falta-me o idiota que, por mais idiota que seja, me faz falta. São 29. São quase 30. E falta-me tanta coisa. Foi um ano tão estranho este 2016. Não me falta trabalho, certo. Nem saúde, ok. Mas falta-me qualquer coisa que me deixa aqui um buraco, uma cratera, a bem dizer, no coração.
E não sei o que me falta.
Mais ou menos. Hoje decidi que o cabelo devia ter risco ao meio, ao invés do risco ao lado que ando a usar há anos. A última vez que andei de risco ao lado devia ter 13/14 anos. Ora, não tarda muito há 15 anos atrás. Mas hoje, de camisa de ganga vestida, deu-me uma nostalgia grunge, e o cabelo veio em desalinho alinhado, de risco perfeito, ao meio. Sinto-me uma estrela de rock. Ou então não, mas foi uma lufada de ar fresco na minha imagem, que já me cansa e que o novo trabalho, por ser numa insignia conhecida e clássica, não me permite mudar com a irreverência que preciso.
Vou hoje devolver o presente de Natal. Segunda vou agarrar no dinheiro da devolução e enfiar-me no Ikea a comprar as coisinhas da minha wishlist ara o meu quarto. Afinal, safo-me.
Há um ano e pouco fui, feliz e contente à anteestreia da Guerra das Estrelas. Há um ano e pouco atrás estávamos os dois em pulinhos, felizes em modo nerd. Este ano não tenho (ainda) companhia para ir ao cinema. Alguém quer ir comigo?
Olha eu, a safar-me!
Ontem também tive uma vontade repentina de comer uma tablete de chocolate e abrir uma garrafa de vinho, envolta em mantas, enquanto via um filme. Não tinha chocolates nem vinho nem a ti para te cravar. Bebi ginja. Aqueceu-me a alma. Calcei umas sapatilhas (na minha terra são sapatilhas, digas tu o que disseres. Ténis é desporto.), e fui ter com amigos. Ri-me. Safei-me.
Ontem deu-me um ataque de saudades. Daqueles que se transforma em mão negra que aperta o coração e embarga os olhos. Contrariei. Lembrei-me das coisas que me irritam. Enchi-me de raivas. Passou-me.
Estou há uma hora a pensar em ir almoçar. Esganada. Já comi um pacote de bolachas. Parece que não como há meses!!!
Aquele momento em que o nosso aquecedor morre, está um frio desgraçado e nos lembramos que, noutra vida, um gadelhudo idiota se ofereceu para nos empresta(da)r um aquecedor a gás e nós dissemos que não.
Agora? Agora safa-te.