Uma pessoa decide (nem sei se foi bem uma decisão) adoptar um estilo de vida mais saudável e, ao quarto dia, vem trabalhar com as pernas doridas que quase a impossibiltam de andar, sentar, levantar (fazer xixi é um suplício!!!!) e com um carregamento de comida atrás que pesa mais que eu sei lá. Descobri que saltar à corda em criança era brincadeira e agora é coisa para e deixar descabelada e sem fôlego. Conta como exercício de alta intensidade, fitnesses desse lado?
Sabes que estás comprometida com uma mudança na tua vida quando entras num supermercado para comprar qualquer coisa para comer e, em vez de bolicaos e coisas que tais, compras fruta e mais fruta.
Levamos a vida a ouvir que temos que nos afastar de pessoas que nos são tóxicas. Mas, e quando essas pessoas são os nossos pais? Como é que fazemos esse corte?
Há pais que o são apenas no papel, que, aos olhos dos filhos, pouco mais representam do que dores de cabeça constantes. Sei o que é porque tenho que lidar com isso diariamente. Com uma pessoa que me deveria querer bem a destruir todos os bocadinhos de vida e paz que tenho. E estou a sentir-me sem saída. A afogar-me em raiva e com a noção clara de que isto vai correr tão, mas tão mal. Porque já não tenho 15 anos. Já não papo as desculpas. Já tenho os olhos abertos...e teimam em atirar-me areia para me tentar toldar a visão.
Com o bloquear esta gente? Onde é que vou buscar a coragem?