Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

O Manifesto da Garota

"Desabafos resultados de fraquezas", música, politiquices, opiniões gratuitas e posts sem conteúdo. Acima de tudo, vida, muita vida!

O Manifesto da Garota

"Desabafos resultados de fraquezas", música, politiquices, opiniões gratuitas e posts sem conteúdo. Acima de tudo, vida, muita vida!

Dos animais nos restaurantes

A celeuma à volta desta questão, provocada por machetes pouco esclarecedoras e que nada mais pretendem que não incendiar os ânimos (nada de anormal na nossa imprensa), fez com que eu venha aqui deitar a minha posta de pescada que, como qualquer outra valerá o que vale.

Antes de mais, acho que ainda ninguém percebeu que o que a lei vem permitir é que os proprietários dos estabelecimentos decidam, por si, deixar entrar ou não os animais de companhia. Isto quer dizer que não, não vamos "levar" com cães e gatos em todo o lado. Só onde o dono do estabelecimento permitir.E não me argumentem com a questão dos medos e das alergias. A partir do momento em que sei que determinado estabelecimento permite animais de companhia, posso escolher um que não o faça para estar à vontade. "Ah, mas diminuis a possibilidade de escolha e eu não tenho que deixar de ir a um sítio onde vou sempre porque agora tenho que levar com o rafeiro de não sei quem." - certo, mas se o dono quer permitir a entrada de animais, vão fazer o quê? Ingerir-se no direito de escolha do dono do estabelecimento? Exactamente como a história dos sítios onde ainda é permitido fumar - "Ah porque eu não fumo, não tenho que levar com o fumo dos outros!", tudo certo, escolham um café onde não se fume.

Noutros países da Europa é frequente ver cães com os donos em restaurantes e já partilhei o espaço da minha refeição com um canito ao lado sem que este ladrasse, pedisse comida, fizesse xixi ou cócó. Basicamente, não fosse eu louca pelos bichos e aquilo uma novidade para mim, nem me tinha dado conta do mesmo. O que me leva ao ponto dois: bom senso.

Sei que temos a mania de que os portugueses são todos parvos e que o bom senso não abunda na Tugalândia, mas permitam-me discordar. Sou dona de um canito, como sabem, e bem vos digo que, com uma excepção ou outra, não o levarei a um restaurante. Isto porque conheço Zé Cão bem demais para saber que ia ter uma refeição desgastante, com ele todo tonto com o cheiro das comidas e a querer pedir festas a meio mundo. Sei que seria um sofrimento para ele e para mim. Sei que não sou bitola para ninguém, mas quero acreditar que uma boa parte dos donos dos patudos deste País consegue perceber ou conhece o seu bicho bem o suficiente para saber se será de levar a um restaurante para uma refeição demorada sem que incomode os outros clientes e, mais ainda, sem que o incomode a si próprio. Porque, às vezes, o meu cão faz coisas que me incomodam e me criam mais ansiedade a mim do que ao outro, não duvidem.

Posto isto, tenham calma e deixem-se de merdas e de boicotes. Se têm direitos enquanto não donos de animais, eu também os tenho enquanto dona. E, já que falamos disso, maior direito terão os donos dos estabelecimentos na decisão de quem entra e em que termos nos seus estabelecimentos. Atinem-se e preocupem-se antes com coisas de maior importância na vossa vida, como o encerramento de não sei quantos postos de correios neste País!

...

Ando a regressar às minhas origens e o hip-hop tem vindo a ser presença assídua nos meus ouvidos, nos últimos meses.

Hoje acordei com esta na cabeça, e já roda:

 

 

 

Saudade.

Por motivos que não interessam para nada, pesquisava eu, nas internets, o que significava saudade e eis que, na Wikipédia, se encontra isto:

"Em Portugal, o termo também é usado para descrever a sensação de " simplesmente estou muito bem na minha vidinha e de repente sou trucidado com qualquer coisa que vejo, ouço ou cheiro e te põem à minha frente"." Trucidado parece-me um termo bom suficiente para descrever aquilo que sentimos quando estamos em via de nos curar de alguém e, do nada, por mero acaso, já valentes passos dados na estória da superação, nos lembramos que aquele ser continua a respirar algures no mundo e se nos apoquenta que não respire no nosso* e ao pé de nós.

 

 

*Dica roubada à descarada da Black, dos Pearl Jam. Por amor à Santa, se não conhecem a música estão a perder uma das melhores músicas de (des)amor de sempre. Ide ouvir.

Aprendes...

Que a tua ansiedade, a tua insegurança é provocada pelo medo da incerteza, pela incapacidade que tens de controlar tudo. A vida é, e a vida acontece. Não te percas em espirais de pensamento sobre o que não podes controlar. Sê. Vive. Aceita. Deixa ser.

Pág. 1/2