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O Manifesto da Garota

"Desabafos resultados de fraquezas", música, politiquices, opiniões gratuitas e posts sem conteúdo. Acima de tudo, vida, muita vida!

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Alerta Blogosfera | Dadores de Medula

Repost da minha m-M

[Para quem não me segue no Facebook, repito aqui. Todo e qualquer alcance é importante. Sonho chegar a quem nos possa ajudar.]

 

Meus doces...

Devem ter reparado que andei mais afastada da internet nos últimos dias...

Pois é... um daqueles medos que todos temos, mas pelos quais ninguém quer passar, atingiu a minha família.

 

[Estou muito grata a todos os quantos já partilharam, a todos os quantos já são dadores e a quem já está a tratar de o poder ser.

Eu, aguardo novidades do IPO.]

Companheiro.

com·pa·nhei·ro 
(companha + -eiro)

adjectivo

1. Que acompanha ou faz companhia.

2. Que anda junto.

3. Que está sempre ligado a outro.

substantivo masculino

4. Aquele ou aquilo que acompanha ou que faz companhia.

5. O que vive na mesma casa.

6. Pessoa que partilha com outra(sa profissãoas mesmas funçõesa mesma colectividade. 

7. Pessoa que tem com outra ou outras uma relação de amizade ou camaradagem. 

8. Membro de um casalrelativamente ao outro. 

9. Forma de tratamento amigável (ex.: precisa de ajudacompanheiro?). 

"companheiro", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa
 
Ontem, enquanto falava com Casa, disse-lhe que uma das coisas mais bonitas que vejo nas gentes do meu Partido é o tratar do marido/mulher, namorado/namorada por companheiro.
Vejo nisto um doçura inimaginável, um respeito pelo outro enquanto individuo que, juntamente connosco, percorre a jornada da vida. Acentua-se a beleza desta palavra, empregue nestas circunstâncias, porque me lembro do meu avô falar da minha avó como a sua companheira. E, bem sabemos, se vem da boca do meu avô, é sempre mais bonito.
Na verdade, não quero mais que isso, se é que quero alguma coisa. Alguém que me acompanhe, que partilhe comigo a vida e me ajude a ser o melhor de mim. Alguém que eu possa acompanhar e ajudar a ser o melhor de si. Um parceiro na vida. No bom e no mau. Que desçamos juntos o rio do tempo. Numa canoa. Remando em frente. Permitindo o descanso momentâneo do outro. 
No fundo, alguém que saiba que sou eu, individuo por mim, que não depende de ninguém, mas que com o outro certo, pode ser melhor.
E alguém que, em dias como o de ontem, me dê um abraço. Foda-se, que ontem precisei tanto de um abraço.

Quotes || Compaixão

"Nas línguas em que a palavra compaixão não se forma com a raiz «passio = sofrimento» mas com o substantivo «sentimento», a palavra é empregue mais ou menos no mesmo sentido, mas dificilmente se pode dizer que designa um sentimento mau ou medíocre. A força secreta da sua etimologia banha a palavra de uma outra luz e dá-lhe um sentido mais lato: ter compaixão (co-sentimento) é poder viver com o outro não só a sua infelicidade mas sentir também todos os seus outros sentimentos: alegria, angústia, felicidade, dor.
Esta compaixão (no sentido soucit, Mitgefühl, medkänsla) designa, portanto, a mais alta capacidade de imaginação afectiva, ou seja, a arte da telepatia das emoções. Na hierarquia dos sentimentos, é o sentimento supremo."
 
in A Insustentável Leveza do Ser
Milan Kundera

 

Aos 30...

Percebes que tens muitas dificuldades em falar do que sentes, principalmente quando não é bom ou bonito. É-te difícil confrontar o outro com a dor que te causou, porque, na verdade, sempre foste desencorajada de o fazer. Crias medos. Medo de falar e ser ridícula. Medo de que a outra pessoa se chateie - wtf? - medo de que não percebam. E vais digerindo as dores de uma vida sozinha, sem que os outros saibam as dores que te causaram-.

Aos 30, percebes que isso não tem razão de ser, que te entristece e envenena. Aos 30 abres-te francamente e sentes-te mais leve 50kg. Aos 30 sorris porque tens alguém na tua vida que te permite sentir confiança suficiente para poderes falar até sobre a dor que te causou sem medos. Aprendes mais sobre ti e cresces.