Síndrome do Coitadinho
Os trinta trouxeram-me, também, a habilidade de dizer não aos "tampões emocionais" da minha vida.
Lido mal com pessoas que se afundam e chafurdam em auto-piedade. Lido mal com pessoas que se permitem afundar em tristeza e se queixam constantemente dos outcomes das suas atitudes quando levam a vida a repeti-las. Não é mentira o clichê do "não esperes um resultado diferente quando fazes sempre a mesma coisa". Lido mal com pessoas que desculpam os seus problemas, traumas e fracassos com questões antigas.
Ok, eu sei que não é assim tão linear, mas não se desculpem com coisas que aconteceram há 30 anos porque chega a um ponto em que nós dependemos só de nós e, por muito trauma de infância que a malta tenha (eu sei, também os tenho), sou ser pensante e consciente e decido se permito que aquilo me influencie ou não.
Também já percebi que o estigma do coitadinho funciona para nos desculparmos. Do "pobre de mim que passei tanto e não tenho nada nem ninguém e reajo assim por isso!". Malta, o ser humano está em constante evolução. Nós estamos em constante evolução. Todos os dias temos a oportunidade de ser mais e melhor. Queixas constantes sem mudança de atitude não vão resolver a vossa vida. Ganhai tomates, caraças. Se fazem vinte vezes a mesma coisa mas querem outro resultado, parem de a fazer. Se acham que estão com coisas por resolver na vossa cabeça, parem de apregoar e vão resolver! Façam por vocês, tratem de vocês, pensem em vocês. Mais ninguém o vai fazer, acreditem.