Tenho pensado muito nisto. Terminar este projecto. São seis anos de blog, deste, mais uns tantos de Cafés e Chocolates e não sei bem se terminar este projecto é o que quero. Mas a verdade é que não tenho tempo para o blog e, quando penso nele, não sei que rumo lhe dar. Se é que há um rumo a tomar...
Não há um tema, e não haver tema também não ajuda ao seu desenvolvimento, é um facto. Mas esta abertura, esta liberdade, também podia ter essa vantagem, não era? O facto de poder escrever sobre tudo, podia significar mais conteúdo...
Talvez seja eu, já, incapaz de vir para aqui sequer opinar sobre a espuma dos dias e os temas de que o mundo gosta. O nível de engagement (sempre quis escrever esta palavra) é nulo. Da minha parte. Sei que, talvez, se as visitas fossem mais assíduas, retomássemos o ritmo normal. Deverei forçar-me a escrever? Criar disciplina? Acham que isso ajuda?
Custa-me, mesmo, abandonar este canto. Apagá-lo creio que estaria fora de questão. Estou à deriva sobre este projecto, que não é projecto. A ver o que o coração me diz.
A guerra que travava dentro de mim, ontem, foi dura. No caminho para casa falava alto, dentro do carro, lado racional a argumentar com o irracional e impulsivo. Mas desde quando é que a racionalidade funciona com alguém irracional? Pois. Não houve argumento bom o suficiente que me abafasse o instinto e hoje, por volta do almoço, o capricórnio em mim levou um rotativo e caiu em KO, no meio do chão. O Carneiro aproveitou a situação para fazer a bosta, e agora cá estamos, serenos desta vida.
O irritante nesta história toda é que a minha impulsividade é resultado do meu estado constante de overthinking. Isto faz sentido na cabeça de alguém?
Deve ser o meu ascendente em Carneiro em guerra aberta com o Capricórnio, mas estou, desde manhã, em guerra aberta com a minha impulsividade, a tentar domá-la para não fazer disparate.
Copa cheia com J.B. e os colegas a verem o ultimate guilty pleasure - married at first sight.
Há uma pessoa do sexo feminino avantajada, vá, na parte dianteira do corpitxo. J.B. fica em estado de hipnose. Aquilo é muita mama. Nossa senhora, o peso nas costas. J.B. não consegue controlar e esclama, alto e bom som:
"F*da-se! Eu sou uma gaja de rabos, mas ninguém tira os olhos daquilo! É impossível!!"
A copa é a 5 metros do gabinete da chefe. Que lá estava.
Olá, olá! Estou oficialmente restabelecida de festa e refeita com os horários da vida normal, por isso, acho que posso assumir ligar mais vezes o computador em casa para vos dar novidades, entre outras coisas.
Ora, começando pelo início. Dia 5, pelas 17.00 horas, já andava eu com brabletas na barriga, saí do trabalho e pus-me a caminho do oásis no deserto (de acordo com certos políticos, literalmente). Cheguei à Atalaia e respirei fundo o ar fresco cujo cheiro me é tão característico, tirei a barriga de misérias de camaradagem, disse olá de sorriso no rosto a toda a gente, bebi uma fresquinha e rumei à Palestina para comer a minha Shoarma, que festa sem Shoarma não é festa. Isto é giro, porque da Palestina fui a Lisboa, cumprir com o meu dever de militante e, saída de lisboa rumei a Viseu. O giro da Festa é isto. Porque Sábado de manhã, cedinho, já com uns pingos de chuva, rumei ao espaço central, vi uma exposição, tomei o pequeno almoço em Odivelas e bebi café no Alentejo, rumei a cuba e bebi um mojito, almocei na China e segui para a Colômbia. Bebi o melhor café da festa ali. Dei dois dedos de conversa com Camaradas amigos que não via, talvez, desde a ultima, caminhei por Viana e cheguei a Setúbal. Bebemos Moscatel e comemos tortas de Azeitão, passei pela Marinha e bebi uma imperial (água que é bom, está quieto... mas a vida são dois dias e... o resto vocês já sabem). Fui ao palco e pulei com Diabo na Cruz, segui até Lisboa e fiz a minha parte. Saí e jantei por ali mesmo, que a chuva fascista já se fazia sentir e bem. Mas molha por molha, amanhã e outro dia e, como dizemos, chuva fascista não arreda comunista, seguimos até aos Lombinhos, onde cheira a crepes de chocolate. Abrigados da chuva bebemos da garrafa de branco fresquinha que alguém comprou no Oeste. Descemos até ao 1.º de Maio para Legendary Tigerman (cruxifiquem-me, mas não gosto. A única música dele que me diz alguma coisa foi aquela com que abriu o concerto. Chato, chato, chato).
Encharcada até aos ossos, com all stars prontos a aterrar no caixote do lixo mais próximo e a festa a fechar, ainda encontramos um grupo cheio de batuques e música, que embalou a última garrafa - ginja. E a Festa é uma alegria. Dormir para o último dia, na certeza de não ter tido, nos últimos anos, uma festa tão animada. Acordar depois de chuvas mil, pequenos almoços no alentejo, almoço em Évora com os avós, preparar a abalada, fazer o último serviço, acabar no concerto de Buraka, beber a última imperial no Café Concerto, sentada na relva, já com saudades. Voltar a casa e perguntar ao Grande Marx porque raio tenho de me levantar amanhã.
Segunda de manhã, entro no meu Facebook e tenho um pedido de amizade e uma mensagem do m-R, da m-M, a convidar-me para o jantar surpresa que lhe estava a preparar para o dia seguinte, o seu aniversário. Claroooo que nem pensei duas vezes, e na terça feira, um bocado mais tarde do que era suposto (fui a última a chegar, sou a pior), lá estava no Metro à espera que ele me fosse buscar! Foi muito bom partilhar aquele dia com ela, e é só altamente gratificante ver as grandes amizades que estas coisas dos blogs nos trazem. O jantar estava di-vi-nal, e aconselho seriamente toda a gente a experimentar o raio do indiano de Carnide.
Ainda assim, devo à Maria um café, que ainda não foi marcado porque, também, o tempo não tem ajudado.
Na festa, Sábado, tive o maior problema logístico que um caixa de óculos pode ter - chuva. Muita, muita chuvinha! E eu tive que optar - tirei os óculos, não via nada. Decidi que estava na hora de, mais uma vez, tentar as lentes de contacto. Marquei consulta na MultiOpticas (passe a publicidade) e fui testar as ditas, muito a medo. Na última vez que tentei, ainda na Santa Terrinha, a senhora lá do sítio esteve meia hora a tentar pô-las, até que desistiu. Eu, em casa, tentei umas quantas vezes... desisti também. Desta vez, a coisa até que se deu bem. A senhora pô-las à primeira, testei-as durante a tarde de Sexta, voltei lá depois do trabalho, e decidi levar a coisa Avante (adoroooo). Segui com o melhor amigo até à Avenida da Liberdade, a pé e na galhofa, com um café pelo meio, para comprar bilhetes para mim e para o namorado para a sessão dupla do Motelx, à meia noite de sexta, e depois andei por Lisboa a matar saudades e a curtir a falta do peso dos óculos no nariz. Até que chegada ao S. Jorge, no fim do primeiro filme, uma impressão no olho direito me leva a coçá-lo e a ficar com a lente na mão. Eu. Ali. Mão estendida. Lente na palma da mão. Tudo escuro. Pitosga de um olho. Vontade de rir até à morte. Sem intervalo. Com os apetrechos todos no carro. resolvi, inexperiente (só tinha posto a lente uma vez, e foi sexta à tarde... e acho que só a pu por sorte!) tentar a coisa na casa de banho, mas havia uma fila gigante e senti-me pressionada. Lá pedi a chave do carro, o moço foi para dentro e eu caminhei meia avenida para tratar da situação = tirar a lente do olho esquerdo e trazer os óculos. Já no carro, penso cá para mim "ora vamos lá tentar a coisa com calma, que consegues por esta merda!". Começo a ajustar o retrovisor quando ouço um clack e fico com o dito na mão. Penso "Já me lixei, com F! Ele vai matar-me!!". Ora, meia hora para pôr o espelho, desisti imediatamente da ideia de pôr a lente, portanto poupei quinze minutos e outros quinze perdi a tirar a lente do olho esquerdo... Lá voltei para o cinema de óculos.
Sábado, levanto-me e penso - tenho que por aquela porra. Comunico a minha decisão ao namorado que prontamente me diz: "que mariquice!! é só pôr o dedo no olho e pronto!" Só que não é, e ele não sabe. Adiante, tento e tento e tento e pimba, cai a lente. Apanho a dita e volto a tentar e ela cai para não mais ser encontrada... Paciência. Mas também não. Domingo, enquanto fazia limpeza, o que é que eu encontro sugadito no lavatório??? A dita da lente - e sim, é sempre a do olho Direito.
Voltei a tentar hoje de manhã, afinal chovia e foi precisamente para estas situações que as fui buscar. E digo-vos, só cheguei meia hora atrasada ao trabalho. Sem óculos!!!
Entretanto, tenho uma coisinha para vos perguntar. Agora que já não sou caixa de óculos (ahahah) posso voltar a usar rimel diariamente. "Ah, que estupidez, J.B.! Tu podias!!", pois podia, mas eu tenho uns pestanões que não justificam muito rímel. E se eu pusesse, com óculos, as pestanas levavam a vida a prender nas lentes. E só usava transparente porque, pronto, se assim não fosse tinha as ditas lentes todas cagadas de preto. Por isso, e já que não ganhei o desafio da Quadrada!!! (minha cara, nem uma cunha :P) pergunto - já alguém usou aquela máscara toda XPTO Miss Manga da L'Oreal?
As mulheres são um bicho estranho. Passei o fim-de-semana a rezar para que a segunda-feira chegasse rápido. É hoje que ele vai lá buscar o que lhe pertence. Mas agora, que chegou, eu queria mesmo era que não tivesse chegado. Porque quando aquele saco que lá está à porta desaparecer, é o fim. Mesmo.
Mas, diz ele, quer que fiquemos amigos. Vocês não imaginam a confusão que isto me faz. Como posso ser amiga de uma pessoa que amo e a quem só me apetece dar beijinhos? É que isto, de gostar assim, não tem botão para desligar. Era bom, poupar-nos-ia a todas grande sofrimento.
Descobri a cura para o fim das relações. E não, não está nas comédias românticas. Fujam dessa merda a sete pés. O ser humano tem uma tendência incontrolável para fazer paralelismos. Não, aquilo não acontece na vida real. Procurem comédias a sério, estúpidas, que não vos façam pensar e vos arranquem sorrisos ou, quiçá, uma bela gargalhada. Quando se ouvirem a rir saberão que o fim da relação não é o fim do mundo.
O único filme válido para a choradeira é o Casablanca. Não tem um final feliz. But they'll always have Paris, e nós também teremos sempre guardados os melhores momentos.
As sestas também ajudam. O desgaste emocional proporciona um sono pesado e sem grandes sonhos. Preparem-se, porque a noite, com sestas ou sem elas, não vos permitirá dormir. Falta qualquer coisa... falta tudo! E começa a ronda de questões às quais não podemos dar alimento. A sério que não!
Além disso, eu dormi muito porque... a vida continua não é? E não sei se o outro perderá horas de sono por minha causa, mas eu não queria certamente gastar quilos de maquilhagem hoje, para ter um aspecto minimamente decente que me permitisse sair de casa e chegar ao trabalho sem ouvir comentários. Resultou. A primeira coisa que me perguntaram foi "E os teus Zés, estão bons?!", portanto...
Depois, cantem, ouçam música alto, dancem em casa que nem loucas, e cantem, berrem a plenos pulmões. E nada de "eu dava tudo p'ra te ter aqui" da Ferreira, nem cá Bublés e afins. Aquela coisa do Anselmo Ralph também não vale. Cantem coisas que vos transmitam força. Muita força e vontade de viver que é disso que a gente precisa. E se vocês soubessem o quanto eu cantei... ui!
Comam chocolate, a sério. Caguem nessa coisa do chocolate engordar. primeiro, porque pelos vistos é peta, e depois porque nós merecemos o mimo, e faz bem à cabeça!
Acima de tudo, vamos acreditar que isto passa mais depressa do que esperamos...
E chorem. Chorem tudo o que tiverem que chorar. Gritem tudo o que tiverem de gritar. Chamem todos os nomes do mundo. Digam mil vezes que o amam. Faz parte :/