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O Manifesto da Garota

"Desabafos resultados de fraquezas", música, politiquices, opiniões gratuitas e posts sem conteúdo. Acima de tudo, vida, muita vida!

O Manifesto da Garota

"Desabafos resultados de fraquezas", música, politiquices, opiniões gratuitas e posts sem conteúdo. Acima de tudo, vida, muita vida!

Palavras, leva-as o vento.

Sou uma pessoa tão ocupada, que estive a limpar as mensagens arquivadas do Facebook. Tive um choque que me apagou o coração durante um milésimo de segundo. Lá estava o temido nome, rapidamente substituído, afastado da boca que tanta vez o pronunciou, que tanta vez o trocou por meu amor. 

Aquelas eram as suas últimas palavras para aquela que nunca lhe seria insignificante, para aquela que ele levaria consigo, no peito, para sempre. Nunca lhe respondi. Lembro-me que, quando as li, se me inundou a alma de mar revolto, transbordando em lágrimas-rio, cara abaixo. E não tive palavras para lhe responder. Não saiu nada. Talvez antecipasse que mais nada seria dito, e que deveria guardar aquela frase, último reduto de tanto amor, para sempre. 

 

Nunca lhe seria "zero". Como quem diz que estaríamos ligados para sempre. 

 

E hoje, sem ressentimentos, relembrando o momento em que as vi, relembrando toda a discussão, olhando para os anos que passaram, desmistifico toda a significância que lhes quis atribuir um dia. As mulheres apaixonadas agarram-se até ao simples respirar. Lembrei-me de um episódio dessa série épica - Sexo e a Cidade - em que o namorado da Carrie, na altura o Berger, (Hot Dog, as Mr. Big would say), diz à Miranda, contrariando todas as fantasias das suas inseparáveis amigas, que aquele homem não estava assim tão interessado nela, ou não haveria nada que se metesse ao caminho.

 

E posso constatar, posso afirmar, hoje, sem medos e sem dores, já, que o Falecido já não gostava de mim, que já não havia amor, que não havia nada, para ser sincera, ou o rumo teria sido outro. 

 

Porque, se aquelas últimas palavras fossem sinceras, eu saberia notícias dele. Haveria um obrigado, em retribuição de todas as mensagens de Feliz Aniversário. Não haveria mensagens em branco a cair no meu telemóvel, qual assombro. Porque, seu fosse mesmo assim, importante, também receberia um "Feliz Aniversário", no final de cada ano. 

 

De palavras está o inferno cheio... e ele... bem, ele não gostava assim tanto de mim. E sim, sem ressentimentos. Passa-se hoje, aqui, neste pequeno canto blogosférico, a certidão de óbito. O epílogo. Publicado em edital hoje, referente ao ano de 2011. 

 

A nós, porque houve coisas boas. 

Aqui jaz.

"You don't wanna hurt me. But see how deep the bullet lies."

 

A vida continuou e trouxe-me mais amor, outro amor, incomparável, de tão diferentes que são as pessoas. Mas um amor que faz mais do que diz. E este amor, vale-me ouro.